quarta-feira, 29 de maio de 2013

Ana Carolina mergulha no pop em novo disco e diz ser contra levantar bandeira gay

Para deixar de lado a imagem de cantora de baladas, Ana Carolina "mergulhou" fundo no pop. Com o novo disco "#AC", ela solta o vozeirão característico em cima de uma programação eletrônica misturada com percussão. "Queria fugir do que eu fiz até então. Tentar fazer pop à minha maneira. Eu tinha ficado muito conhecida como cantora de balada", avalia. Ainda assim, é a mesma Ana. As baladas são poucas, mas estão ali, assim como sua posição em não levantar a bandeira do movimento gay  ("é um preconceito ao contrário").

Ana Carolina #AC

Em entrevista, ela comentou sobre a repercussão do casamento de Daniela Mercury com uma mulher, sua popularidade e a nova parceria com o músico Edu Krieger, que propôs a mistura no novo trabalho. "O eletrônico não parece tão quadrado com a percussão misturada. Formam uma boa dupla. Achei a ideia do Edu ótima. Modernizar de alguma maneira, tentar fazer algo diferente, isso alimenta a carreira. Esse é um disco do groove", explica.

A influência mais eletrônica também está no dia-a-dia. Ana batizou o disco pensando nas redes sociais. "#AC", com a hashtag característica do Twitter, reflete o vício da cantora com a internet. "Fico conectada não sei quantas horas por dia, almoço com o computador na minha frente, vou para o estúdio, canto com o laptop. Não escrevo com caneta e papel há um bom tempo. Estou completamente vitimizada pela internet", diz, aos risos.

Da vida moderna, adaptou as agruras de um relacionamento na música "iPhone". "Os benefícios e os probleminhas que o iPhone traz, não é? Essa coisa da pessoa que liga, você não atende e ele retorna bloqueado só para você atender. As mensagens que pulam na tela e todo mundo na mesa vê", brinca.

As canções "Un Sueño Bajo El Agua", com participação de italiana Chiara Chivello, e "Leveza da Valsa", com Guinga, contrapõem o clima eletrônico do disco com, como ela mesma descreve, "harmonias sofisticadas". Ambas foram lançadas antes do disco ficar pronto e ganharam clipes dirigidos pela própria cantora. Nos futuros shows, no entanto, elas também podem cair na pista: "Estou pensando em fazer um show só com DJ. Uma balada rítmica", comenta.

Os tempos podem ser modernos, mas Ana ainda goza de uma popularidade que a acompanha desde o finzinho da década de 90. O disco, liberado para streaming no iTunes, na terça-feira (28), já tem duas canções nos folhetins globais "Amor à Vida" (com o novo single "Combustível") e "Flor do Caribe" ("Luz Acesa").

"Me considero uma cantora popular. Até por estar na novela, que é um publico grande. Se existe uma coisa que mantém a música popular brasileira sendo ouvida, é a telenovela. Você não tem exatamente um programa musical na TV. Sua música toca 10 segundos na novela e tem milhões de pessoas ouvindo. É um absurdo", avalia.

“Não gosto dessa coisa de levantar bandeira”
Desde que foi capa da revista "Veja", em 2005, com os dizeres gritantes "Sou Bi e Daí?", Ana passou a ser, involuntariamente, uma musa inspiradora para muitos fãs – gays ou não .

À esteira do casamento gay de Daniela Mercury, ela elogia a colega, mas se mantém contrária ao mesmo pensamento que teve na época: levantar bandeira "é um preconceito ao contrário".

"Não gosto disso. Fica essa coisa de 'nós gays contra os heteros'. Isso é preconceito ao contrário. Acho legal a Daniela estar casada e a postura que ela teve, influencia aquela pessoa babaca, ignorante, que gosta da Daniela. Ele pensa: 'Talvez eu esteja errado'. Fico um pouco assim com as pessoas que levantam bandeirinha, mas fica puta se o filho for gay. Não precisa levantar bandeira. É só agir de maneira honesta e respeitosa", explica.

Ana prefere também não comentar as declarações polêmicas  do presidente da Comissão de Direitos Humanos, o pastor Marco Feliciano. "Esse cara não merece que eu fale sobre ele. Mas, de alguma forma, ele ajudou a levantar a discussão".
Sobre a influência sobre as fãs – que gritam por Ana, show após show -, ela culpa sua música, mas não perde a chance: "Imagina se eu fosse gostosa tipo Juliana Paes?", gargalha.

fonte: UOL

Letícia Spiller encarna drag queen em novo filme

Atriz afirma que é "um filme engraçado de forma profunda"

Letícia SpillerLetícia Spiller deixa de lado a sofrida Antonia de “Salve Jorge” e vira a alto-astral Rochanna, no longa “O Casameto de Gorete”, do diretor Paulo Vespúcio Garcia.

A atriz, que também produz o filme, demorou mais de uma hora para virar a drag durante as filmagens em Barra do Piraí, interior do Rio de Janeiro. “Esse filme é sobre um amor incondicional. É uma comédia sobre diferenças, porque somos todos diferentes”, contou ao “UOL”.

O longa, ainda sem data de estreia, conta a história de uma radialista travesti (vivida por Rodrigo Sant’Anna) que para receber uma herança do pai é obrigada a se casar. O ator, que faz a Valéria do programa “Zorra Total”, disse que o personagem tem mais drama que todos os seus outros personagens.

“É uma comédia para toda a família, com bastante humor, mas é um filme engraçado de forma profunda”, contou Letícia.

fonte: ParouTudo

Distrito Federal: Travesti joga sangue em servidor público que não quis dar dinheiro

Suspeito, supostamente com HIV, se cortou e ainda mordeu um funcionário. Caso ocorreu na manhã desta terça, em Planaltina; polícia procura suspeito.

Um travesti de 40 anos, supostamente portador do vírus HIV, se cortou e ameaçou contaminar servidores da administração de Planaltina, no Distrito Federal, que se negaram a dar dinheiro para que ele almoçasse, segundo a Polícia Civil. O suspeito também agrediu uma pessoa com mordidas, segundo a corporação.

A reportagem tentou contato com a administração de Planaltina, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem.

Segundo a Polícia Civil, o travesti estava no local para receber atendimento na área social. Durante a conversa com uma servidora, ele pediu dinheiro para poder almoçar e ameaçou transmitir HIV caso não fosse atendido.

O travesti chegou a quebrar seus óculos de sol e se cortar. O sangue atingiu um dos funcionários. A polícia informou que o travesti fugiu. O caso está sendo investigado pela 16ª DP, em Planaltina.

fonte: G1

“Se eu tivesse um filho gay, aceitaria”, diz atriz Denise Fraga

Denise FragaDenise Fraga é conhecida por papéis leves e cômicos na TV, mas, agora, o público tem a opurtnidade de ve-la em uma trama onde exige o seu lado mais contido, sério. É assim a personagem da atriz no novo filme de Tata Amaral, já em cartaz, em que Denise interpreta a protagonista.

Além dos cinemas, a atriz está no ar com a série "3 Terezas", do GNT. Em entrevista, Denise falou além de seus trabalhos sobre sua vida pessoal.  Aos 48 anos, a atriz é casada com o diretor Luiz Villaça, com que tem dois filhos, Nino, de 15 anos, e Pedro, de 13.

Ao ser questionada de como lidaria com um filho gay, Denise afirma que não teria problemas. "A gente evoluiu muito. Se eu tivesse um filho gay, aceitaria. Tenho muitos amigos gays. Ainda existe muito preconceito, mas caminhamos a passos largos, declarou.

A atriz diz ainda que sua geração escolheu ter filhos, diferente da geração anterior que o filho fazia parte do casamento. "Nós nos apropriamos dessa escolha e viramos pais obcecados, deslumbrados com a maternidade. Queremos ser legais. E pagamos o preço de ser amigos dos filhos, porque, uma hora, eles vão querer que você dê limites", concluiu.

fonte: A Capa

França: País celebra 1º casamento gay sob forte segurança

Cerca de 200 agentes de segurança ficaram em alerta contra uma eventual interferência de conservadores. Cerimônia foi realizada na prefeitura da cidade de Montpellier, no sul do país.

Vincent Autin e Bruno BoileauVincent Aubin e Bruno Boileau são os primeiros homossexuais a se casarem na França depois de o país aprovar a legalização da união gay. Sob aplausos, os dois entraram juntos no salão da Prefeitura de Montpellier, que abrigou o evento na tarde desta quarta-feira. Minutos antes, cerca de dez manifestantes conservadores protestaram contra o evento, mas foram expulsos por seguranças e jornalistas. Segundo autoridades, cerca de 200 agentes de segurança ficaram em alerta contra uma eventual intervenção.

A prefeita da cidade, Helene Mandroux, celebrou a cerimônia, ao lado de uma foto do presidente François Hollande, que assinou a lei. A socialista e ministra francesa dos Direitos das Mulheres, Najat Belkacem, também compareceu ao casamento.

- É com grande prazer que eu vos declaro casados pela lei - anunciou Helene, com grande comemoração da plateia de ao menos 500 pessoas.

Havia planos para transmitir a cerimônia em um telão e servir bebidas para que pessoas em uma praça próxima pudessem brindar ao casal. No entanto, a ideia foi abandonada pelo temor de protestos de conservadores contrários ao casamento.

Para compensar, a própria prefeitura disponibilizou uma transmissão ao vivo pelo site da cidade no sul da França. Aubin e Boileau estão juntos há seis anos, desde que se conheceram em um fórum de música na internet. A França se tornou este mês o 14° país a autorizar casamentos homossexuais, numa medida atraiu acalorados protestos de conservadores, católicos e ultradireitistas.

- É um momento estressante para Victor e Bruno. Há pessoas que tentam marcar esse dia simbólico com palavras de ódio - disse Elodie Brun, coordenadora da Associação do Orgulho Gay local, que Aubin dirige.

O ministro do Interior da França, Manuel Valls, advertiu no domingo que não iria tolerar interferências de opositores ao casamento gay nas primeiras cerimônias a serem celebradas nesta semana.

- É intolerável que pessoas queiram atacar aqueles que estão realizando um ato importante de suas vidas. Distúrbios contra a ordem pública não serão tolerados - forçou o ministro.

fonte: O Globo

Tribalistas lançam música de apoio ao casamento gay

TribalistasJoga arroz! Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte criaram uma música especialmente para a campanha do Casamento Civil Igualitário, idealizada pelo deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ).

O revival dos Tribalistas tenta sensibilizar políticos e a sociedade brasileira frente ao novo modelo de família que já é realidade no Brasil.

"Seu juiz já falou, que o coração não tem lei. Pode chegar, pra celebrar o casamento gay!", diz o início da faixa.

"Maria com Antonieta, Sansão com Barlomeu", brinca a letra da música de autoria do trio. Abaixo você confere a faixa. Aumenta o som e dá o play!

fonte: A Capa

Itália: Membro do partido de Berlusconi propõe lei por união civil de gays

Projeto vai permitir parcerias civis entre casais homossexuais

Italia ManifestantesUm membro do partido conservador de Silvio Berlusconi PDL (Povo da Liberdade) vai apresentar a legisladores um projeto de lei que permite com que casais homossexuais adquiram a união civil. A inovação da centro-direita italiana, liderada pelo senador Giancarlo Galan, acontece após a publicação em um jornal nacional de uma carta de um jovem de 17 anos. Na mensagem, ele faz um apelo por tolerância e igualidade e descreve o esforço como sua “última alternativa antes do suicídio”.

Sob a grandiosa sombra do Vaticano, a Itália está muito aquém da igualidade ideal para homossexuais, sem nenhuma legislação que permita a união ou medidas para deter a violência homofóbica e a discriminação na área trabalhista.

A carta publicada no “La Repubblica”, em 25 de maio, fez com que a porta-voz do movimento de centro-esquerda no Parlamento, Laura Boldrini, fizesse um apelo por uma legislação pela igualidade. Ela também pediu para conhecer o jovem, que se identificou na mensagem como David Tancredi. Alguns parlamentares conservadores também se manifestaram, dizendo que a falha da Itália em melhorar os direitos civis para lésbicas e gays não é mais aceitável.

Entre esses conservadores está Galan, senador do PDL que afirma ter se sentindo tocado pelas palavras de David Tancredi. Ele vai apresentar um projeto de lei para garantir que casais do mesmo sexo possam se registrar em união que garanta a eles os mesmos direitos legais, financeiros, e hereditários que heterossexuais casados. O projeto não propõe direitos de adoção para gays, mesmo que Galan tenha dito que apoia a causa e espera que a medida não tarde a ser sugerida.

Ele diz que sente-se confiante em conseguir apoio de colegas do PDL. Outros alto membros da legenda, incluindo os ex-ministros Sandro Bondi e Mara Carfagna, também já demonstraram apoio à aprovação de parcerias civis para homossexuais.

fonte: O Globo

Estados Unidos: Cresce o número de crianças transgêneros e escolas tentam se adaptar

Desde a pré-escola, escolas tentam se adaptar para incluir todos os alunos. Em 2012, mudar de identidade de gênero deixou de ser 'doença' no país.

RyanPara incluir e tratar igualmente todos os alunos e alunas, inclusive os que se identificam com gêneros diferentes aos seus biológicos, escolas dos Estados Unidos estão aprendendo empiricamente a se adaptar a uma realidade longe do branco e preto que definem que roupas, brinquedos e atitudes são de meninos ou de meninas. O assunto foi tema de longa reportagem da agência de notícias Associated Press. O G1 publica abaixo um resumo com os principais trechos da reportagem da AP:

A presença de crianças e adolescentes que adotam outra identidade de gênero é pequena nas escolas, mas tem crescido. No distrito escolar da cidade de São Francisco, por exemplo, o gerente de programas de saúde escolar Kevin Gogin afirmou à reportagem que, de acordo com uma pesquisa com os estudantes, 1,6% dos alunos de ensino médio e 1% dos alunos dos anos finais do ensino fundamental se identificavam como transgênero ou variante de gênero.

As crianças dos anos iniciais não foram incluídas na pesquisa, mas Gogin disse à AP que o distrito já havia identificado alunos e alunas nesta situação nestes anos.

Com Ryan, que hoje cursa o quarto ano do fundamental em um subúrbio da cidade americana de Chicago, a adoção de outro gênero aconteceu ainda mais cedo. Desde os dois anos de idade, ela mostrava atração pela cor rosa e usava as calças do pijama para improsivar uma peruca de cabelos compridos. Na época, ela foi diagnosticada com disordem de identidade de gênero, e os pais começaram a incentivar atividades e objetos típicos de meninos. Quando a estratégia não deu certo, passaram a proibir qualquer menção ou brincadeira tipicamente feminina. Ao perceberem que o efeito da repressão não seria benéfico, decidiram aceitar as escolas da filha.

Desde 2012, a "disordem de identidade de gênero" foi removida da lista de doenças de saúde mental, e outros pais de crianças que não se encaixam no padrão polarizado de meninos e meninas recebem o apoio de médicos e especialistas que não enxergam mais esse fenômeno como algo a ser consertado.

Para alguns deles, a evolução da percepção sobre pessoas transgênero (em suas várias formas, desde que quem se identifica com o gênero oposto até quem se considera parte homem e parte mulher) vai evoluir da mesma forma como a visão a respeito da homossexualidade, que há cerca de 40 anos deixou de ser considerada uma doença mental.

Contra o bullying na escola e na família
Ainda no jardim de infância, ela decidiu, com o apoio dos pais, abandonar a rotina de vestir roupas de menino na escola e trocá-las, assim que chegava em casa, por saias e uma blusa combinando. No primeiro dia da mudança, a mãe dela, Sabrina, foi à sala de aula explicar aos coleguinhas que Ryan gostava de se vestir como menina e fazer coisas de menina.

Algumas crianças contaram suas próprias histórias que quando vestiram roupas indicadas a outros gêneros por motivos variados, e o grupo superou a notícia. As crianças do ensino fundamental, porém, começaram a perseguir Ryan na hora do recreio. Para evitar aborrecimentos, a diretoria da escola garantiu a aplicação da política de intolerância ao bullying.

O processo, porém, não foi totalmente fácil, segundo contou a mãe da criança, Sabrina, à reportagem da AP. Antes da escola, Ryan começou a vestir roupas convencionalmente atribuídas a meninas em parques, no bairro e com a família.

Algumas pessoas não aceitaram a mudança, criticaram o apoio dos pais por acharem Ryan nova demais para saber o que queria, ou simplesmente pararam de reconhecer a criança. "Era como se ela não existisse mais", disse a mãe. A posição dela e do pai foi, além de mudar de bairro e buscar uma escola que parecesse mais aberta, enfrentar o problema de frente e com uma posição clara: eles reuniram os parentes e lhes informaram que estariam do lado da criança.

"Nosso compromisso é que nossos filhos estejam em um ambiente acolhedor e amoroso, e se alguém não concorda com isso, então não vai estar por perto", explicou o pai de Ryan, Chris.

criança trans Estados UnidosA tolerância na prática
"Por uma margem grande, a maioria dos educadores quer fazer a coisa certa e quer saber como tratar todas as suas crianças igualmente", afirmou à reportagem da AP Michael Silverman, diretor-executivo do Fundo de Defesa Legal e Educação Transgênero da cidade de Nova York. Segundo ele, atualmente 16 estados americanos e o Distrito de Columbia (capital dos EUA) já contam com leis que garantem os direitos de pessoas transgêneros. Mas, mesmo nos estados que não contam com essa legislação, os distritos escolares estão geralmente abertos à orientação para a diversidade.

O problema, porém, é que as práticas de aceitação e tolerância à diversidade ainda não são muito difundidas. Entre as perguntas mais comuns estão a definição de qual banheiro a criança vai usar, onde ela vai se trocar para a aula de educação física e que pronome os professores e colegas devem usar para chamar a criança transgênero.

Dados recentes mostram que a falta de informação e socialização entre os estudantes transgêneros podem ter resultados alarmantes.

Um pesquisa nacional feita em 2010, feita em conjunto entre o Centro Nacional pela Igualdade Transgênero e pela Força Tarefa Gay e Lésbica Nacional, mostrou que 41% das pessoas transgêneros entrevistadas no país admitiram que já tentaram cometer suicídio. Mais da metade (51%) delas afirmou que sofreu bullying, assédio, agressão ou expulsão da escola por serem transgêneros.

Scott Morrison, que mora no estado de Oregon há três anos, e há dois fez a transição de menina para menino, afirma que o apoio da família, dos amigos e de sua nova escola, inclusive da ajuda de um conselheiro escolas, fez toda a diferença no processo, inclusive evitando que ele considerasse tirar a própria vida.

"A identidade de gênero é provavelmente a parte mais importante de mim, é a descoberta mais importante que fiz sobre mim mesmo", disse o formando do ensino médio à AP.

Para Eli Erlick, uma aluna transgênero que vai terminar o ensino médio neste ano em Willits, uma pequena cidade no norte da Califórnia, a transição de menino para menina começou aos 8 anos. Na época, há cerca de dez anos, a sensação que ela descreveu à agência era de ser "a única pessoa desse jeito". Além de ser ridicularizada em público pelos próprios professores, a aluna não tinha permissão para usar o banheiro das meninas. Para contornar o problema, ela fingia alguma doença para poder ser liberada e usar o banheiro de casa.

Em geral, porém, ela afirma ter notado uma mudança geral nas atitudes em relação às diferenças entre identidades de gênero. Hoje, Eli coordena uma organização que treina e orienta escolas a lidar com pessoas como ela, além de ter ajudado seu próprio distrito escolar, além de outros na Califórnia, a definir políticas sobre o tema.

A inclusão escolar na Justiça
Ainda que haja mais conscientização, nem todas as relações entre alunos transgêneros e suas escolas são pacíficas, e algumas já foram parar na Justiça. Michael Silverman, de Nova York, representa a família de Coy Mathis, uma garota transgênero de seis anos do estado de Colorado.

O motivo do processo foi o fato de a escola ter definido que a criança seria obrigada a usar um banheiro separado das demais meninas.

"Se fosse só um banheiro, então a opção neutra estaria bem. Mas é sobre realmente ser aceita", disse a mãe de Coy, Kathryn Mathis. "O que acontece agora é que eles te chamam de garota, mas você não é realmente uma garota, então não te deixam agir como uma. E isso faz um estrago incrível."

A reportagem da Associated Press procurou a escola de Coy, mas ela não se pronunciou.

Os precedentes abertos nos últimos anos e a evolução da posição de especialistas sobre a condição de pessoas transgêneros têm feito com que as crianças e adolescentes que se identificam com um gênero diferente do biológico possam viver mais abertamente e com maior apoio.

"Essas crianças estão começando a ter uma voz, e acho que isso é o que tem feito as coisas interessantes e desafiadoras --e difíceis, às vezes--, dependendo da família, da criança ou da escola", afirmou à AP Roberto Garofalo, diretor do Centro de Gênero, Sexualidade e Prevenção de HIV do Hospital Infantil Lurie, de Chicago.

No caso de Ryan, sua integração escolar tem tido, até agora, poucas consequências negativas. Uma de suas colegas do quarto ano do fundamental resumiu tudo com uma frase: "A maioria das pessoas esqueceu que um dia ela já foi um menino", disse a garota.

fonte: G1

Rio de Janeiro: ‘Quem fez isso tem que pagar’, diz irmã de homossexual morto após ser espancado

Luiz será enterrado na tarde desta quarta-feira em Jacarepaguá. Morte será investigada como homofobia, diz polícia.

Luiz Antônio de Jesus 02Familiares e amigos estão inconformados com a morte de Luiz Antônio de Jesus, de 49 anos, agredido em uma casa noturna na Zona Oeste do Rio na madrugada de domingo (26). O caso será investigado como crime de homofobia, segundo a Polícia Civil.

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"Quem fez isso tem que pagar pelo crime! Queremos justiça", declarou a irmã da vítima, Angelina de Jesus. "Ele era uma pessoa tranquila, muito amiga, muito alegre. Não é de caçar confusão. Com certeza alguma coisa muito ruim aconteceu porque ele não é de confusão com ninguém", garantiu a amiga Inês Rocha.

Ele foi encontrado desacordado no banheiro da Boate Queen, em Jacarepaguá e morreu nesta terça-feira (28), no Hospital Lourenço Jorge, na Barra, segundo Secretaria Municipal de Saúde.

Luiz estava internado em estado gravíssimo com traumatismo craniano, com ferimentos no rosto e no pescoço. O corpo foi encaminhado ao IML no fim da tarde desta terça e ele será enterrado nesta quarta-feira (29), às 16h, no Cemitério do Pechincha, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.

Câmeras
De acordo com o delegado titular da 32ª DP (Taquara), Antônio Ricardo Lima, que inicialmente estava investigando o caso, seguranças, funcionários e parentes da vítima já prestaram depoimento, as imagens do estabelecimento já estão sendo analisadas e o local passa por perícia.

Segundo a polícia, as imagens podem ajudar a esclarecer o caso. Conforme mostrou o Bom Dia Rio desta quarta-feira (29), das 12 câmeras instaladas na boate, uma fica em frente ao banheiro do estabelecimento.

De acordo com Rosalina, a dona da boate informou que o local possui 40 câmeras no circuito interno de segurança, mas o equipamento do banheiro não estava funcionando no momento do incidente.

Segundo a Polícia Civil, "o caso foi encaminhado para a Divisão de Homicídios (DH) e está sendo investigado como crime de homofobia, seguindo a portaria 574 criada em 9 de fevereiro de 2012, pela chefia de Polícia Civil. O documento determina entre outras providências, a inclusão do nome social de travestis e transexuais no registro de ocorrência, bem como a inserção do termo homofobia no campo referente ao motivo presumido do crime."

Procurada pelo reportagem, Rosalina da Silva Jesus de Brito, jornalista em um jornal comunitário, informou que o irmão Luiz Antônio, que é homossexual, estava muito feliz no domingo e resolveu sair para dançar. Ele pediu à sobrinha levá-lo até a boate em Jacarepaguá, por volta de 1h.

Como o cabeleireiro não voltou para dormir em casa e não avisou nada, a família ficou preocupada e foi até a casa noturna para saber alguma informação. Segundo Rosalina Brito, a dona do estabelecimento, Jade Lima, informou para a filha e para a irmã que Luiz Antônio foi encontrado passando mal e vomitando no banheiro e foi levado pelo Corpo de Bombeiros para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, por volta das 3h. Rosalina contou ainda que elas viram manchas de sangue na porta do banheiro, mas a proprietária disse que a sujeira era antiga. “Ela [Jade] ficou tentando despistar elas.”

Jade Lima confirmou em um site de relacionamento que na madrugada de sábado (25) para domingo um cliente foi encontrado caído em um dos banheiros do estabelecimento. Segundo ela, “havia no momento do ocorrido algumas pessoas na fila, que ouviram o barulho da queda e foram elas que acionaram o staff da casa para socorrer esse cliente. Não houve qualquer tipo de agressão”. O G1 tentou entrar em contato, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

Rosalina Brito informou que a família encontrou Luiz Antônio com o rosto muito machucado. “Debaixo do queixo tem um corte de um lado para o outro. Ele está com o rosto desfigurado, está cheio de ponto, com o pescoço roxo, parece que enforcaram ele”, contou.

Outro cliente prestou queixa
Segundo informações do RJTV desta terça, outro cliente da boate procurou a 32ª DP no domingo (26) para relatar uma agressão de um suposto agente de segurança da boate. Sobre o segundo caso, Jade Lima disse também em uma rede social que no domingo um cliente foi convidado, pelos seguranças da casa, a se retirar da boate por estar importunando outros clientes.

"Também não houve agressão nesse caso, entretanto o cliente, decidiu dar queixa na delegacia por se sentir ofendido por tal acontecido", explicou a proprietária.

A jornalista contou que todos os outros irmãos estão empenhados para resolver o caso. “Não podem ter feito isso com ele porque ele era gay, ninguém merece passar por isso.”

A família fez um apelo para qualquer pessoa que tenha informações sobre o caso ligue para o Disque-Denúncia pelo telefone 2253-1177.

fonte: G1

Estados Unidos: Admissão de escoteiros gays afasta grupos religiosos

Porta-voz de igreja pentecostal prevê desfiliação em massa nos Estados Unidos

escoteiros Estados UnidosA decisão de aceitar abertamente a participação de escoteiros homossexuais, tomada na semana passada pelo conselho americano dos 'boy scouts', pode provocar a desfiliação em massa de grupos religiosos, responsáveis por 70% do patrocínio à entidade. Algumas instituições mais conservadoras já comunicaram sua rejeição à medida.

“Nós acreditamos que a mudança da política dos escoteiros levará a um êxodo, já que muitas igrejas não podem apoiar uma organização que permite a entrada de homossexuais”, afirmou ao jornal The Washington Post Roger Oldham, porta-voz do comitê executivo da Convenção Batista do Sul, um grupo pentecostal que apoiava os escoteiros.

Com ou sem êxito, já existem várias alternativas religiosas ao oficial grupo de escoteiros, conhecido como BSA (Boy Scouts of America): os Desbravadores (adventista), os Embaixadores Reais (batista) e os Guardas Reais (das assembleias de Deus), entre outros. Somente o programa batista está presente em 3.000 igrejas nos Estados Unidos.

Decisão histórica
A medida tomada pelo conselho dos escoteiros foi aprovada com mais de 60% dos votos. Participaram da consulta, realizada no Texas, mais de 1.400 representantes do país inteiro.

A decisão é considerada histórica para uma organização símbolo do tradicionalismo americano. Mas não aplaca as divisões internas que marcaram anos de debate sobre o tema. Para os críticos, a medida tomada pelo conselho é uma "vitória vazia" dos militantes da causa gay, uma vez que foi mantida a proibição aos adultos homossexuais de servirem como líderes dos escoteiros.

fonte: Veja

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