segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Rio de Janeiro: Estudante baleado depois de Parada Gay diz que foi humilhado por militares

Jovem beijava outro rapaz quando foi agredido no Arpoador, próximo ao Forte de Copacabana. Exército nega, por nota, participação de soldados

O Exército negou formalmente, no fim da manhã desta segunda-feira, a participação de militares do Forte de Copacabana no incidente que terminou com um jovem baleado no Arpoador, na zona sul do Rio, depois da Parada do Orgulho LGBT, no domingo. A vítima do disparo, no entanto, declarou à Polícia Civil que foi um militar quem deu o tiro. O jovem acusa integrentas daquele quartel, ainda, de humilhações e preconceito.

O estudante Douglas Igor Marques, de 19 anos, ferido pelo projétil, chegou à delegacia do Leblon (14ª DP) nesta segunda-feira acompanhado dos pais e contou ter sido vítima de preconceito. No momento do crime, Douglas disse que beijava outro rapaz e estava rodeado de amigos homossexuais. Mesmo após o grupo ter sido revistado pelos militares, um deles agrediu Douglas e o jogou no chão. Neste momento, a vítima foi baleada.

“Começaram (os militares) a tocar um terror psicológico. Ofenderam, xingaram, disseram que se pudessem matavam cada um de nós com as mãos porque éramos uma raça de otários”, disse Douglas, na porta da delegacia. E acrescentou: “Ele ( o militar) tinha a intenção de atirar em mim porque (o tiro) foi muito próximo”. A Polícia Militar foi acionada e o jovem foi encaminhado ao hospital Miguel Couto, na Gávea, zona sul. Ele deu entrada às 23h de domingo e recebeu alta nesta segunda-feira.

O Exército nega, em nota, que militares de plantão na noite de domingo tenham disparado contra Douglas. O Comando Militar do Leste afirma que não foi realizada nenhuma patrulha externa fora da área militar - o local onde houve a ocorrência não fica sob a administração do Forte de Copacabana e, por isso, nenhum soldado teria feito ronda por aquela região.

Segundo o coronel Zanan, todas as armas foram verificadas e nada indica que o tiro partiu de um militar. “Posso garantir categoricamente que não partiu da guarda do Forte de Copacabana.” Ainda segundo o coronel, havia muitas pessoas fantasiadas com roupas camufladas na parada LGTB e pode ter sido uma delas quem fez o disparo. “Possivelmente foi alguém com roupa camuflada. O tiro não saiu da gente.”

Por enquanto, a corporação não abrirá sindicância interna para apurar os fatos. As investigações são realizadas pela Polícia Civil, que enviou um oficio ao Exército pedindo a apresentação do oficial do dia do Forte de Copacabana na delegacia do Leblon, na próxima quinta-feira. Dois militares já foram à delegacia e se comprometeram em colaborar na apuração dos fatos. A polícia estuda se houve tentativa de homicídio e crime de racismo.

fonte: Veja

'Intolerância não tem classe social', diz líder do Grupo Gay da Bahia

Sociólogo Luiz Roberto Mott afirma que governo está de costas para os crimes de preconceito

Luiz Roberto MottA agressão contra quatro homossexuais na madrugada de domingo na avenida Paulista, em São Paulo, foi considerada pelo coordenador do Grupo Gay da Bahia, o sociólogo Luiz Roberto Mott, como um confronto entre classes sociais. Em entrevista ao iG, Mott comenta que o caso traz à tona a discussão sobre o direito das minorias e mostra que a violência contra homossexuais tem sido ignorada pelo Poder Público.

“O caso desses garotos em São Paulo apenas confirma que a intolerância não tem idade nem classe social. Eles alegaram que os rapazes mexeram com eles, mas imagina se todas as mulheres fossem agredir homens que as assediam? Seria uma tragédia pública.”

Segundo ele, a agressão de domingo colocou no centro dos holofotes o aumento no número de violência contra homossexuais em São Paulo. De acordo com um estudo realizado pelo grupo até novembro deste ano, o Estado de São Paulo é a região com maior número de crimes contra homossexuais no País. Este ano, dez homossexuais foram assassinados no Estado.

Também segundo o grupo, o Brasil continua sendo o campeão mundial de homicídios contra lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais (LGBT), com 198 mortes anuais, seguido do México com 35 e dos Estados Unidos com 25 mortes. A cada dois dias um LGBT é assassinado no Brasil vítima da homofobia.

“Não podemos deixar que pessoas continuem morrendo vítimas de preconceito. Estamos no século 21, e essas coisas continuam acontecendo. O governo está de costas para esse problema, falta vontade política para acabar com esse tipo de racismo. Não adianta termos apenas a Parada Gay, se não conseguimos conscientizar a população. Precisamos levar educação até as escolas”, disse o coordenador.

Ainda durante o domingo, um estudante foi baleado após participar da 15ª Parada do Orgulho Gay, no Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Civil, o rapaz acusa um suposto agente militar de ser o autor dos disparos, e o caso está sendo investigado pela corporação.

fonte: Último Segundo

Pesquisadores testam novos produtos para prevenção do HIV

por Donald G. McNeil Jr (New York Times News Service)

No ano passado, a notícia mais quente em relação à Aids foi o sucesso parcial, em testes clínicos realizados na África do Sul, de um microbicida – um gel que as mulheres podem colocar na vagina para matar o vírus antes que ele possa infectá-las.

Todo o campo de pesquisas focado em proteção antes do sexo está "bem quente no momento", disse Sharon L. Hillier, professora de ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Pittsburgh e principal pesquisadora da Microbicide Trials Network. "As pessoas estão muito empolgadas".

Embora o gel tenha oferecido apenas cerca de 40% de proteção contra o vírus HIV, ele foi a primeira forma de proteção que as mulheres poderiam usar sem o conhecimento do homem, o que é crucial, pois muitos homens no mundo todo simplesmente se recusam – às vezes de forma violenta– a usar camisinha quando fazem sexo com suas esposas ou namoradas.

Outros testes clínicos reportarão seus resultados em 2011 e 2012 e, se tudo correr bem, os pesquisadores esperam ter um ou dois produtos prontos para entrar no mercado até 2013.

No entanto, o primeiro pode não ser um gel.

Segundo Mitchell Warren, diretor executivo da AVAC, grupo para a prevenção da Aids, nos próximos meses "veremos uma cascata de resultados" de testes do que chamamos de "profilaxia oral pré-exposição". Neles, homens e mulheres que não estão infectados pelo vírus da Aids, mas que regularmente fazem sexo de alto risco, como sexo anal sem camisinha ou sexo por dinheiro com estranhos, tomam uma dose diária de uma duas das drogas anti-retrovirais normalmente tomadas por pessoas infectadas. Se muito menos desses indivíduos se infectarem em relação aos participantes que tomam placebo, um segundo grande marco será alcançado.

Se isso acontecer, autoridades regulatórias podem aprovar as pílulas mais rapidamente que o gel, pois já se provou que são seguras e eficazes para o tratamento.

Porém, isso não significa que não vale a pena buscar a produção do gel, disse o Dr. Salim Abdool Karim, professor de epidemiologia da Universidade de KwaZulu-Natal, na África do Sul, e líder dos testes com o microbicida cujos resultados foram divulgados em julho.

O gel tem algumas vantagens. A droga presente neles permanece no tecido vaginal, então é pouco provável que uma pessoa já infectada desenvolva uma forma do vírus resistente a drogas. Ao contrário das pílulas, o gel também protege contra herpes.

Além disso, como apontaram vários especialistas, as mulheres gostam de ter escolhas no controle da natalidade: algumas preferem uma pílula diária, outras preferem camisinha, DIU, injeções que duram três meses, ou implantes na pele que duram três anos. É previsível que elas também queiram escolhas na prevenção do vírus da Aids.

"A verdade é que uma solução não se encaixa em todas as situações", disse Karim.

Como 95% dos homens americanos homossexuais e 40% das mulheres americanas heterossexuais fizeram sexo anal pelo menos uma vez, segundo pesquisas, estão sendo desenvolvidas versões retais do gel.

Em breve começará o teste de formulações novas e menos viscosas, com menor probabilidade de levar água ao reto, tornando o uso desagradável, segundo o Dr. Ian McGowan, outro líder dos testes com o microbicida da Universidade de Pittsburgh.

Homens gays e bissexuais negros e hispânicos, que hoje não os grupos de maior risco de Aids nos Estados Unidos, serão recrutados em breve em Boston, Pittsburgh e Porto Rico, para ver se eles acham o gel aceitável, ele disse.

No entanto, é crucial garantir que o gel não inflame o tecido retal, que é mais delicado que o da vagina. Como o HIV aponta para células imunes ativadas, a inflamação aumenta o risco de infecção. Testes curtos de irritação e aceitabilidade serão realizados em pessoas aconselhadas a praticar abstinência sexual durante os testes, ele acrescentou. Outros testes mais amplos, no qual milhares de homens e mulheres que praticam sexo anal recebem gel ou placebo, só começarão daqui a dois ou três anos.

"O campo de pesquisa do microbicida retal está cerca de dez anos atrasado em relação ao vaginal", disse McGowan.

Isso se deve, em parte, a conceitos equivocados.

"Quando mencionamos microbicidas retais, muitas pessoas rejeitam, pois acham que temos de proteger todo o cólon, que tem alguns metros de comprimento", afirmou McGowan. Na verdade, os pesquisadores acreditam que proteger apenas os últimos 15cm a 20cm é suficiente.

Um estudo britânico de 2008 mostrou que o gel retal tenofovir ofereceu boa proteção em macacos que receberam doses anais do vírus que causa Aids em símios.

Para um futuro um pouco mais distante, outro método está sendo testado para uma possível produção até 2015. No próximo ano, será iniciado um teste de anel vaginal contendo uma nova droga anti-retroviral, dapivirine. Essa droga nunca foi aprovada como pílula, pois o corpo não consegue absorvê-la bem, mas o medicamento pode se acumular no tecido vaginal. Além disso, a droga é tão concentrada que o equivalente a um mês de uso cabe num anel que libera uma pequena quantidade todos os dias.

tradutor: Gabriela d'Ávila

fonte: UOL

São Paulo: Justiça mandar soltar jovem suspeito de agressões a gays na Paulista

Ele deixou o 2º DP, no Bom Retiro, sem falar com jornalistas. Os quatro adolescentes que participaram da ação também foram liberados.

suspeitodeixadelegaciaO jovem de 19 anos suspeito de agredir três rapazes na Avenida Paulista, na região dos Jardins, em São Paulo, neste domingo (14), vai responder em liberdade pelos crimes de agressão corporal gravíssima e formação de quadrilha. A Justiça concedeu na tarde desta segunda-feira (15) um habeas corpus por considerar que ele é réu primário, tem residência fixa e trabalha em atividade lícita.

Ele deixou o 2º DP, no Bom Retiro, por volta das 16h20, sem falar com os jornalistas.

No início da tarde, os outros quatro adolescentes suspeitos das agressões foram liberados da Fundação Casa, no Brás, para onde tinham sido levados de madrugada. Os menores de idade deixaram o local por volta das 14h. O grupo também vai responder em liberdade por ato infracional à Vara da Infância e Juventude.

Silêncio
Um dia após o crime, parte dos envolvidos já não quer mais falar sobre o caso. A mãe de um dos adolescentes, que chegou a pedir punição para o filho e se dizer constrangida no domingo, afirmou ao G1 nesta tarde, após a liberação dos jovens, que "o assunto está encerrado".

O fotógrafo que foi agredido também afirmou que "não tem mais o que falar sobre o assunto".

Agressões
A primeira agressão foi contra dois rapazes que estavam perto da Estação Brigadeiro do Metrô no início da manhã de domingo. O fotógrafo de 20 anos conseguiu fugir, mas o amigo dele ficou tão machucado que precisou ser levado para o hospital Oswaldo Cruz. Ele já teve alta.

Um pouco mais adiante, ainda na Avenida Paulista, o estudante de jornalismo Luis Alberto, de 23 anos, que estava acompanhado por dois amigos, foi violentamente agredido no rosto por duas lâmpadas fluorescentes que um dos jovens levava nas mãos. “Ele deu um grito pra chamar a nossa atenção. Na hora que olhei, ele foi e lançou a lâmpada no meu rosto”, disse a vítima. O estudante disse que reagiu e, por isso, teria sido violentamente atingido pelos outros integrantes do grupo.

A Polícia Civil investiga se o motivo do crime foi homofobia, já que um dos jovens feridos disse ter ouvido frases homofóbicas. “Eu escutei alguma coisa referente a bicha, a gay, fizeram até outros comentários”, afirmou um dos jovens feridos.

fonte: G1

Rio de Janeiro: Militar vai depor sobre baleado em Parada Gay

Polícia quer lista de militares de plantão para tentar identificar autor do tiro. Vítima conta ter sido abordada após Parada Gay em Copacabana.

A Polícia Civil convocou o oficial de dia do Exército, de plantão no domingo (14) para prestar depoimento. Ele será ouvido no caso do estudante foi baleado, no Parque Garota de Ipanema, no Arpoador, Zona Sul do Rio de Janeiro, pouco depois da Parada do Orgulho Gay, em Copacabana. A vítima acusa militares de o terem abordado de maneira homofóbica e efetuado o disparo. O exército nega.

"Os militares teriam chegado ao grupo fazendo ameaças e, então, houve o disparo. Estamos em contato com o Exército para conseguir chegar aos suspeitos, já que a vítima nos disse que seria capaz de reconhecer o responsável pelo tiro", afirmou o delegado-adjunto Alessandro Thiers, da 14ª DP (Leblon), onde o caso foi registrado.

“Chegaram três militares, fazendo pressão psicológica com ele e com os outros. Alguns saíram correndo, o seguraram, botaram uma arma na cabeça dele, perguntaram o telefone e se os pais sabiam que ele era assim”, contou Viviane, mãe da vítima, repetindo a versão contada pelo filho.

“É um sentimento muito ruim, de desconforto, de falta de confiança. São soldados treinados, que deveriam dar uma segurança. É um preconceito muito grande”, completou o pai do jovem. O rapaz está internado no Hospital Miguel Couto e, segundo a família, não corre risco de morrer.

Exército nega envolvimento de soldados
O Comando Militar do Leste (CML) divulgou uma nota oficial, na manhã desta segunda-feira (15), em que nega que um militar tenha atirado contra o estudante. O CML afirma que não há registros de disparos por militares na data do crime e que o local, o Parque Garota de Ipanema, não está sob a administração do Forte de Copacabana.

A polícia pediu, também nesta segunda, ao Comando Militar do Leste a lista de todos os militares que estavam em serviço na noite de domingo no Forte de Copacabana. A ideia é que a vítima reconheça o autor dos disparos por fotografias.

fonte: G1

Estados Unidos: Casal gay usa Skype para driblar lei e fazer "e-casamento"

aliancasUm casal do mesmo sexo no Texas (Estado dos EUA no qual a união civil gay ainda não é legislativamente reconhecida) encontrou um jeito de driblar a lei para consolidar o casamento: o Skype, serviço de voz sobre IP que funciona semelhante a uma teleconferência.

Segundo a revista norte-americana "Time", Mark Reed e Dante Walkup se casaram por intermédio de um oficial que estava em Washington, Estado no qual o casamento gay é legal.

O casal teve que viajar a Washington antes, contudo, para registrar uma licença --recebida posteriormente via correio.

"Foi muito importante para toda a nossa família que veio", declarou Reed. "Foi a primeira vez que eles se encontraram, ainda que nós estejamos juntos há dez anos. Se tivéssemos que ir para Washington, não haveria como essas pessoas estarem junto."

"Enquanto não há leis específicas ou estatutos contra 'e-casamentos', Reed está trabalhando com legisladores para encontrar uma forma de solidificar a possibilidade de casais gays terem casamentos em seus próprios Estados por meio da internet", diz a revista.

fonte: BOL

Rio de Janeiro: Exército nega disparo contra estudante após Parada Gay

O Comando Militar do Leste divulgou nota na manhã desta segunda-feira (15) em que nega que um militar tenha atirado contra o estudante baleado após a Parada Gay na noite de domingo (14), em Copacabana, na Zona Sul do Rio.

O comando afirma que não há registros de disparos por militares na data do crime e que o local, as pedras do Arpoador, não estão sob a administração do Forte de Copacabana.

Leia a nota do Comando Militar do Leste na íntegra:
"A Seção de Comunicação Social do CML informa que:
- Não foi registrado nenhum disparo de arma de fogo por militares de serviço no Forte de Copacabana, na data de ontem;
- A área onde houve a ocorrência não é área sob a administração do Forte de Copacabana;
- Não existe nenhum tipo de patrulha externa realizada por militares de serviço no Forte de Copacabana, fora da área militar."

Polícia tenta identificar suspeito
A polícia pediu, nesta segunda-feira (15), ao Comando Militar do Leste a lista de todos os militares que estavam em serviço na noite de domingo.

Segundo informações da polícia, o rapaz tinha participado da 15º Parada Gay e estava nas pedras do Arpoador com mais dois amigos, quando foram abordados de forma violenta por agentes uniformizados.

"Os militares teriam chegado ao grupo fazendo ameaças e, então, houve o disparo. Estamos em contato com o Exército para conseguir chegar aos suspeitos, já que a vítima nos disse que seria capaz de reconhecer o responsável pelo tiro", afirma o delegado Alessandro Thiers, da 14ª DP (Leblon), onde o caso foi registrado.

Família suspeita de homofobia
“Ele foi abordado por preconceito. Eles não estavam em área militar”, afirma a mãe do rapaz, que se identificou apenas como Viviane, com medo de sofrer represálias.

Segundo ela, o filho foi atingido na barriga e está internado no Hospital Miguel Couto, onde deverá passar por cirurgia, mas não corre risco de morrer. Ainda de acordo com Viviane, os amigos do rapaz conseguiram fugir e não ficaram feridos.

fonte: G1

São Paulo: Pai de suspeito de agressão na Paulista diz que filho foi assediado

Três rapazes ficaram feridos após violência em São Paulo. Quatro adolescentes e um jovem maior de idade foram detidos.

jovem agredido em sao pauloEnquanto familiares das vítimas falam em ataques covardes, os pais dos suspeitos de agredir rapazes na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (14) defendem que tudo não passou de "uma grande confusão". Eles chegam a alegar que os cinco jovens suspeitos – quatro deles adolescentes teriam sido "assediados". As vítimas negam.

Os jovens foram detidos sob a acusação de terem agredido três pessoas com socos, chutes e golpes com lâmpadas fluorescentes. Na delegacia, foram identificados por outro rapaz, que contou ter sido agredido e assaltado pelo grupo. Duas vítimas disseram à polícia que teriam sido confundidas com homossexuais.

O estudante Gabriel Alves Ferreira, de 21 anos, presenciou o espancamento de um colega de 23 anos, na altura do número 900 da Avenida Paulista. Ambos estudam jornalismo. Segundo ele, o ataque não teve motivo. "Eles passaram por nós, depois se viraram, chamaram ele e atacaram com uma lâmpada fluorescente no rosto", disse. O rapaz caiu e continuou sendo atacado com socos e pontapés. "Eu e mais um colega ficamos em choque, não pudemos fazer nada. Tudo durou menos de dois minutos."

O diretor de teatro Marcelo Costa, pai de um dos menores de 16 anos acusado de agressão, defende que o filho e os amigos participaram de "uma briga como outra qualquer" e nega ter havido atitude homofóbica. "Ele participou de uma confusão. Acho que ele errou, sim, em se meter em briga. Mas não foi como estão falando", afirmou.

O pai de Jonathan Lauton Domingues, único maior preso, admitiu que o filho tem pavio curto. "É um menino muito bonito e foi assediado por homossexuais. Ele pediu para parar, eles não pararam. Aí, virou briga", disse Eliezer Domingues Lima.

Os quatro adolescentes foram transferidos para uma unidade da Fundação Casa no Brás, região central de São Paulo, nesta madrugada. Jonathan foi levado para o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros.

fonte: G1

Austrália: Aluna é proibida de levar namorada em jogo de futebol

Organizadores disseram que a idade da jovem, 16 anos, é um dos fatores

Hannah WilliamsHannah Williams, 16, foi proibida de levar a sua namorada, Savannah Supski em um evento de futebol promovido pelo colégio Girls’ Grammar Heather Schnagl. Os organizadores do evento disseram que ela só poderia participar acompanhada de um rapaz.

Ao jornal “Sydney Morning Herald”, Hanna disse que estava muito triste e que tentou convencer os diretores a deixarem levar sua namorada. “Eu fiz um grande esforço para tentar reverter a situação. Fiz reunião com os diretores, falei a respeito da lei de Igualdade de Oportunidade e os meus amigos colocaram cartazes na escola. Porém, os professores retiraram todos os cartazes”, declarou a estudante.

Pedro, o pai de Hannah, fez uma denuncia junto a Comissão da Igualdade de Oportunidade e se reuniu com funcionários da escola. Mas, resolveu não levar o caso adiante, alegou que a sua filha estava ficando muito estressada e exposta com toda a situação.

O diretor da escola disse que o objetivo do evento era incentivar as meninas a conviverem com os meninos e revelou que nenhuma outra garota teria a permissão para levar uma companheira. O responsável pela escola acrescentou ainda o fator da idade das meninas, 16 anos.

A estudante Hannah Willians já decidiu que vai mudar de colégio.

fonte: Dykerama

Rio de Janeiro: Militar teria dado tiro em jovem de 19 anos após Parada Gay

Rapaz foi baleado no domingo (14) após a participar da Parada Gay. Segundo delegado, vítima afirma que autor do tiro estava uniformizado.

A polícia pediu, nesta segunda-feira (15), ao Comando Militar do Leste a lista de todos os militares que estavam em serviço na noite do último domingo, quando um estudante de 19 anos foi baleado no Arpoador, na Zona Sul do Rio.  Ele acusa agentes do Exército de serem o autor dos disparos.

Segundo informações da polícia, o rapaz tinha participado da 15º Parada Gay de Copacabana e estava nas pedras do Arpoador com mais dois amigos, quando foram abordados de forma violenta por agentes uniformizados. Procurado pelo G1, o Comando Militar do Leste, não retornou às ligações.

"Os militares teriam chegado ao grupo fazendo ameaças e, então, houve o disparo. Estamos em contato com o Exército para conseguir chegar aos suspeitos, já que a vítima nos disse que seria capaz de reconhecer o responsável pelo tiro", afirma o delegado Alessandro Thiers, da 14ª DP (Leblon), onde o caso foi registrado.

“Ele foi abordado por preconceito. Eles não estavam em área militar”, afirma a mãe do rapaz, que se identificou apenas como Viviane, com medo de sofrer represálias.

Segundo ela, o filho foi atingido na barriga e está internado no Hospital Miguel Couto, onde deverá passar por cirurgia, mas não corre risco de morrer. Ainda de acordo com Viviane, os amigos do rapaz conseguiram fugir e não ficaram feridos.

fonte: G1

Argentina: Casamento gay alavanca turismo no país

turismogayargentinaDe acordo com a Câmara de Comércio Gay e Lésbico Argentina (Ccglar), o turismo gay respondeu, neste ano, por 21% do total de visitantes que o país recebeu. Pablo de Luca, presidente da Ccglar, afirma que o aumento (em 2008 o turismo gay foi da ordem de 18%) se deve a aprovação da lei, em agosto, que garantiu o casamento entre homossexuais. Ele aponta que Buenos Aires recebe diariamente gays e lésbicas do Uruguai para se casarem. “Um fenômeno que também acontece na cidade de Mendoza com cidadãos chilenos e em Córdoba, com gays e lésbicas vindos do Peru.”

A Ccglar aponta que as maiores competidoras de Buenos Aires como destino turístico gay na América Latina são Rio de Janeiro e Cancun. Por isso, o órgão solicitou ao governo argentino um impulso a atividades destinadas ao público homossexual, como eventos esportivos e musicais, além de potencializar o interesse turístico em outras regiões do país como Iguazú e Bariloche, uma vez que 70% do público LGBT visita apenas a capital Buenos Aires.

fonte: ParouTudo.com

Rio de Janeiro: Parada do Orgulho Gay reúne 250 mil pessoas em Copacabana

Expectativa da organização era de público de 1,2 milhão. Tema do desfile foi luta pela criminalização da homofobia.

parada gay rio 1A Polícia Militar afirma que 250 mil pessoas ocuparam a orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio, para a 15ª Parada do Orgulho Gay, neste domingo (14). A chuva, ainda segundo a PM, pode ter afastado o público — os primeiros os trios elétricos começaram o desfile por voltar das 16h ao som do hino nacional. Organizadores do evento contestam os números e dizem que o publico presente foi de 1,2 milhão.

Alguns homossexuais, como o cabeleireiro Guilherme da Silva, de 22 anos, prestigiaram a Parada GLBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) pela primeira vez. “Eu me assumi há um ano e estou adorando estar aqui. Vim pela festa, mas também para lutar contra o preconceito. Semana passada fui vítima de xingamentos na praia da Barra, na Zona Oeste”, revelou o jovem, que compareceu vestido de mulher.

parada gay rio 3O eletricista Ademir Roberto Freitas, de 23 anos, saiu de São Gonçalo, na Região Metropolitana, para participar do desfile e conta que também já sofreu preconceitos. Ele foi expulso de casa pelo pai aos 17 anos. “Meu pai não aceitou a minha opção sexual na época. Hoje ele já vê com outros olhos, mas diz que prefere não saber o que eu faço”, explicou Freitas.

Entre o público também era possível encontrar heterossexuais que buscavam conhecer o evento e se divertir. O casal Sueli Silva Oliveira, 24 anos, e Alexandro de Oliveira, 36, é um exemplo. “Viemos nos divertir, mas também estamos aqui porque somos a favor da criminalização da homofobia. Assim como racismo é crime, a homofobia também deve ser”, acredita Sueli Oliveira, que é negra.

Discurso contra homofobia
Discursos contra a homofobia e a favor dos direitos GLBT marcaram o início do evento. “Esta é a 15ª Parada Gay no Rio. A continuidade do evento é importante para o desdobramento de políticas públicas. O combate à intolerância religiosa e à homofobia são parada gay rio 4duas pautas que estão sendo discutidas na secretaria”, declarou o secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Ricardo Henriques, que participou do evento representando o governo do estado — o deputado estadual Carlos Minc, que também prestigiou a festa, criticou o conservadorismo no segundo turno das eleições presidenciais.

Para o presidente do Grupo Arco Íris, Júlio Moreira, apesar dos avanços, a homofobia ainda é uma doença social: “O projeto de lei para a criminalização da homofobia tramita no Senado desde 2006, mas a pressão contrária da Igreja Católica e dos setores conservadores é muito grande. Infelizmente, nosso país ainda confunde religião com política”, afirmou Moreira.

Para a Miss Rio de Janeiro Gay, Malu Pinheiro, é importante curtir a festa, mas o público não pode esquecer a luta GLBT. “Beber, curtir e namorar é ótimo, mas estamos aqui para reivindicar nossos direitos”, destacou.

parada gay rio 2Caubói e chicote
Os amigos Félix de Assis, de 42 anos, e Fábio Belprado, 31, vieram de São Paulo especialmente para a Parada Orgulho LGBT carioca. Com fantasia de caubói e chicote, os dois prestigiam o evento pela primeira vez.

“Aqui no Rio o preconceito contra os homossexuais ainda é maior do que em São Paulo, mas acredito que está melhor a cada ano”, afirmou Assis.

De acordo com o representante do Grupo Arco Íris, Marco Aurélio Paes, o evento tem um caráter político. “As pessoas vêm para se divertir, mas sabem da importância da presença delas para que os gays conquistem cada vez mais os seus direitos”, explicou Paes.

O casal José Amilton, 33 anos, e Fernando Oliveira, 40, concordam com Paes e estão no clima do evento. Casados há um ano, continuam trocando beijos e abraços apaixonados. “Eu sou de Salvador e ele de Sergipe, moramos juntos em SP e, apesar de nunca termos sofrido preconceito, estamos aqui para lutar pela criminalização da homofobia”, contou Oliveira.

fonte: G1

Chile: Cerca de 40 mil pessoas na Parada Gay exigiram igualdade de direitos

Cerca de 40 mil pessoas se reuniram neste sábado no "Gay Parade Chile", para exigir das autoridades uma lei contra a discriminação e uma lei de casamento homossexual, entre outras iniciativas.

Rolando Jiménez, presidente do Movimento de Integração e Liberação Homossexual (Movilh), se manifestou emocionado pela resposta que teve o evento realizado no Paseo Bulnes, em frente à La Moneda, sede do Governo.

"Estamos felizes com a massiva recepção que teve esta grande festa contra a discriminação, 40 mil pessoas superam todas nossas expectativas", afirmou Jiménez à Agência Efe.

Explicou que pela primeira vez chegaram para a reunião centenas de pessoas de regiões para exigir uma lei de união civil, outra de identidade de gênero e lei de casamento homossexual.

O dirigente disse que nem o Governo nem os parlamentares cumpriram com suas promessas de campanha com a diversidade sexual e pediu às autoridades para concretizar seus compromissos.

O evento, a quinta edição do Gay Parade Chile, denominado este ano Open Mind Fest, contou com quatro palcos nos quais se apresentaram diversos artistas.

Durante o evento milhares de pessoas pediram igualdade social, cultural e legal para todas as pessoas mediante palavras de ordem, músicas, bandeiras do arco íris e cartazes.

"Em um país onde ainda se continua detendo as pessoas por expressar seu afeto por alguém do mesmo sexo em espaços públicos, estamos aqui exercendo o direito a nossas expressões", disse Jiménez.

fonte: G1

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