domingo, 19 de setembro de 2010

Rússia: Ativista gay foi ameaçado e até dopado ao ser preso

Nikolai Alekseev escreveu que está bem

Nikolai AlekseevO ativista gay russo, organizador da Parada de Moscou, Nikolai Alekseev, foi ameaçado, humilhado e provavelmente dopado durante sua prisão, na última quarta-feira, 15 de setembro.

De volta a Moscou, ele escreveu em sua página no "Facebook" que está bem e agradeceu o apoio de todos. "Meus queridos amigos, acabei de chegar a Moscou. Obrigado a vocês por tudo e todo apoio. Tudo que eu quero agora é escovar os dentes e tomar um banho. Nunca vi tanta gente preocupada comigo, isso fez cair lágrimas dos meus olhos" explicou.

O ativista foi detido e levado para Kashira. Ele disse à rádio Free Europe que foi ameaçado, humilhado e provavelmente dopado. "Na primeira noite eu dormi numa cadeira apoiado numa mesa. Passei a segunda noite em uma espécie de banco. Eles me deram água, mas eu acho que tinha algo porque minhas reações ficaram lentas e me senti completamente desorientado" contou o ativista.

fonte: Toda Forma de Amor

Bahia: Quatro atiram contra 9 pessoas e matam uma em Parada Gay

Quatro homens armados atiraram contra um grupo de 9 pessoas que participava de uma parada gay no município de Barra do Pojuca, na Bahia, na noite deste sábado. Os atiradores desceram de uma Hilux e alvejaram as vítimas. Uma delas morreu.

De acordo com a polícia, o atentado teria ocorrido a mando do traficante Manoel Messias Marinho, conhecido como Royal. O alvo seria Francisco Gabriel Lima, de 24 anos, que foi atingido e encontrado morto na manhã deste domingo.

Sete vítimas foram encaminhadas para o posto de saúde da cidade e uma mulher, em estado mais grave, ao Hospital Geral de Camaçari.

fonte: Extra Online

Cartas de amor de Oscar Wilde a jornalista serão reveladas

“Nós podemos ir para o quarto” diz um trecho

oscar-wildeAs cartas do inglês Oscar Wilde, escritor preso por sua homossexualidade, na Inglaterra dos anos de 1800, enviadas a um jornalista serão divulgadas no próximo dia 24 de setembro.

A correspondência era escrita para Richard Vian diretor da revista "Court & Society Review", muitos anos antes de Wilde iniciar o romance com o Lord Alfred Douglas que o levou a prisão por causa do escândalo.

Nas cartas Wilde convida Vian para um jantar a dois regado a "vinha italiano" em um restaurante de Londres. No mesmo texto ele convida o jornalista para ir ao quarto dele depois. "Minha casa é distante e é difícil conversar a vontade nos clubes" disse ainda.

Em outra, o escritor manda dizer ao jornalista que estará "durante a tarde" em casa e gostaria que ele passasse para "tomar um chá". A correspondência entre os dois aconteceu entre os anos de 1886 e 1889.

O escritor Oscar Wilde tornou-se um ícone gay mundial por desafiar a Inglaterra vitoriana onde a homossexualidade era considerada crime com pena de prisão. Foi o que aconteceu oito anos depois de Wilde enviar as cartas para o jornalista.

Condenado á prisão por um júri, o escritor chegou a "vangloriar-se sobre sua sodomia" como relatou o Marquês de Queensbury pai do Lord Alfred Douglas com quem o escritor teve um intenso romance.

Wilde foi condenado em 19 de maio de 1897 e deixou a Inglaterra vivendo durante três anos usando o nome de Sebastian Melmoth. Em 30 de novembro de 1900, já em Paris, onde passou a viver num hotel, ele morreu de menigite, aos 46 anos.

fonte: Toda Forma de Amor

Falta de estado laico impede a aprovação de projetos sobre direitos da população LGBT no poder legislativo, avaliam ativistas

Militantes foram convidados do evento "Diverisdade em Destaque" que acontece até este domingo no CCBB em São Paulo

Preconceito e impunidade foram os dois conceitos mais usados por ativistas na série de debates “Diversidade em Destaque”, no Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo. Eles conversaram com o público sobre a dificuldade de a população LGBT brasileira ser respeitada pela sociedade. “Enquanto existirem os xingamentos de ‘viado’ e outras ofensas sem punição, nós não seremos respeitados e felizes”, disse a militante e artista transexual Claudia Wonder.

Em 2009, a Fundação Perseu Abramo divulgou o resultado de uma pesquisa com mais de duas mil pessoas no País. Pelo menos 92% dos entrevistados reconheceram que existe preconceito contra homossexuais no Brasil e 28% disseram que já praticaram a discriminação. Este índice é acima de outras pesquisas sobre preconceito racial ou contra idosos. Os dados foram relembrados hoje pela antropóloga e pesquisadora da Unicamp Regina Fachini. “Não significa que menos gente tem preconceito contra negros ou idosos, isso só é menos admitido. Não é o que acontece contra os homossexuais, tem gente que tem orgulho de dizer que tem preconceito”, comentou.

O médico infectologista Ricardo Tapajós, da Divisão Clínica de Doenças Infecciosas da Faculdade de Medicina da USP, foi alvo recente de preconceito. Em união estável há cerca de cinco anos, ele tentou incluir o parceiro dele como sócio no Clube Paulistano, mas teve o pedido negado. “Alegaram que o estatuto não prevê a inclusão de parceiros gays, então não iriam aceitar minha reivindicação”, explicou. O caso ganhou destaque na mídia e, segundo Tapajós, os comentários sobre o assunto na internet foram diversos: elogios, desconhecimento sobre diversidade sexual, ignorância, entre outros.

Uma integrante da plateia no CCBB questionou se o fato de ser homossexual era uma opção ou não para um indivíduo. “A gente não escolhe de quem gosta, mas só determina o modo como vai agir diante da situação perante a sociedade”, disse Tapajós.

O presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, Alexandre Santos, é um homem transexual. Por conta disso, já foi estuprado e apanhou na rua. “Tive que ouvir de um policial que eu atraio este tipo de problema na minha vida”, contou. Para ele, a falta de uma lei para criminalizar atos de preconceito contra homossexuais é um fator que ajuda na disseminação do preconceito, pois os responsáveis não são punidos.

Os ativistas Alexandre Santos e Claudia Wonder afirmaram que o Estado não é laico porque ainda não consegue aprovar leis que garantam direitos civis e a punição contra o preconceito. “Infelizmente, no poder Legislativo, as bancadas e até os militantes religiosos são mais organizados do que nós e impedem direitos como estes”, concluiu Claudia.

O evento “Diversidade em Destaque” termina neste domingo com um debate sobre diversidade racial. A mediadora e curadora da atividade é a jornalista e editora executiva da Agência de Notícias da Aids, Roseli Tardelli.

fonte: Agência de Notícias da Aids

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